terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Ernest Shackleton


De descendência anglo- irlandesa, deixou a escola aos 16 anos de idade. Viveu numa sociedade profundamente separatista e elitista. Para ganhar a vida, trabalhou na área de jornalismo, política e até na industria, nenhum destes de forma consistente. Poeta frustrado, que nunca teve sucesso nem reconhecimento. Num período em que as últimas fronteiras terrestres tinham sido quebradas, viu o seu primeiro reconhecimento público em 1907 ao ultrapassar a linha do Polo sul e percorrer para além desta mais de 180 km - furthest south. Ainda assim, ao regressar à sua terra natal e apesar de ter subido à categoria de cavaleiro de Eduardo VII e arrecadado um prémio de £ 20.000 pelos seu feitos, o horizonte da sua ambição estava longe de ser atingido. De alguém que acreditava, para além do que lhe era imposto, mesmo já depois da luz da ribalta lhe ter sido mostrada e que lhe daria certamente suficiente conforto para o resto da sua vida e da sua família, o seu lugar ainda não tinha sido conquistado.

Em 1917 empreende nova aventura, com o objetivo de atravessar de barco a região da Antártida e assim completar as expedições de Amudsen e Scott e com esta aventura vê o seu nome definitivamente gravado na memória da civilização.

Uma aventura do início do século passado. Um exemplo de liderança e perseverança, mas onde também pode caber a esperança da vida, coragem de sobrevivência numa zona inóspita e que durou mais de 2 anos, carisma para com os seus 27 companheiros de viagem. Mais do que uma história de um herói do passado, um exemplo de que é possível haver feitos, mesmo no século XXI.


Shackleton's Epitaph by a Scots doctor on South Georgia;

"So what they do? They sit and pray to God? Or start writing dramatic diaries about all is lost, same like Captain Scott? Na-a-a-a-w! Shackleton just say: "Ok boys! We go home!" - and he bring' em all home, safe and well.


terça-feira, 10 de julho de 2007

Viagens


Há quem diga que viajarmos é sairmos de nós próprios e usarmos os verdadeiros sentidos. Como se tudo à volta fosse lentamente absorvido, apagando a superficialidade que já nos sufoca, e ao mesmo tempo nos embala num canto chão rotineiro.

Viajar não é ver, é olhar.
Viajar não é ouvir, é escutar.
Viajar não é tocar, é sentir.
Viajar não é andar, é caminhar.
Viajar não é levar, é deixar.
Viajar não é parar, é gozar...

Boas férias a todos.




domingo, 24 de junho de 2007

(A)Mar

Que forma tão simples e natural de traduzir o Amor,
como a imagem e sensação que temos do Mar.

Aquela imensidão de gotas de água salgada,
como se fossem todas as lágrimas que já se choraram... por Amor

O fundo do mar que visto de longe, nos mostra tonalidades cristalinas,
Como todos os sentimentos que já se sentiram... por Amor

O manto de água no horizonte que parece elevar-se e diluir-se em céu,
Como todas as ilusões que já se tiveram... por Amor

As ondas que ao chegar à praia, se deitam languidamente na areia
Como um regaço que encontramos e nos conforta... por Amor

A suavidade, a descontração e envolvimento que sentimos dentro do Mar,
Como o calor humano de um abraço que sentimos... por Amor

O rasto de espuma que fica à passagem de um barco no horizonte,
Como uma recordação que depois nos fica cá dentro... por Amor

Como dizia o poeta,
“Amo o amor dos marinheiros que beijam e se vão”

Porque sentem a paixão, no odor da maresia
Porque se dão tão dramaticamente conta de quão a vida é perene perante tal imensidão
Porque descobrem o silêncio no marujar das ondas
Porque sentem em cada regressso uma promessa cumprida
Porque em terra sentem a tranquilidade e perfeição de um deus, alheio às ruas.
Porque encontram o seu reino em cada partida, quando o vento passa
E um dia hão-de deitar-se com a morte no leito do MAR




domingo, 17 de junho de 2007


Como um adágio,
A nossa vida suavemente desliza na brisa do horizonte e percorre como uma recordação quente vinda do deserto, cada momento que gostariamos de ter tido.

terça-feira, 12 de junho de 2007